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Primeiramente, Bem vindo! Esse será um One-shot.
Peço desculpas se houver pouco intendimento, eu estou escrevendo-o diretamente. Então não sei como sairá.
Chuvas de nosso verão!
- AAAAAAH! que preguiça! Onii-san por que tem que me acorda a essa hora? São 10 da manhã ainda. Olhei para o outro lado da cama, a luz do dia já adentrava pela janela que o Onii havia aberto.
- Cala-boca! Já é hora de acorda!! Tropeço dos infernos. Olhava o nii-san com um olhar de ódio, pegando e puxando meu coberto a força.
Bufei olhando para aquela cara sádica. Me levantei e corri para o banheiro que ficava logo após contorna a esquina do corredor. Comecei a dar aquela risada aparentemente sem motivo. Pensava isso sempre que acordava. Já havia se passado alguns anos, desde que conheci aquela pessoa que me disse esta frase. *Baka* - Pensei.
[..]
Bem, já se fazem alguns anos. Sinto saudades do tempo em que eu podia ser livre. Livre não de poder fazer traquenises, livre de poder viver ironicamente e divertidamente.
Sussurrei enquanto caminhava em direção á aquele lugar. - Ele chamava este lugar de santuário. De que afinal? - risos.
- " Este será um dia nossa casa, será aqui que criaremos nossos passarinhos, será aqui .. aqui..." Instintivamente abaixei a cabeça e comecei a chorar.
- Baka! Não deveria prometer o que não pode cumprir.
Enxuguei as lagrimas intrometidas que desfilavam pelo meu rosto. Continuei a andar, criei a esquina e la da ponta já enxergava o tal santuário. Enxergava não apenas isso, tinha alguém lá.
- Quem é? Disse enquanto andava mais rápido.
Cheguei bem próximo ao portão, as beradas dos muros continuavam como eram, brancos, altos e com plantas ao seu alto. Pude ver quem era a pessoa que ficava inconsequentemente parado intacto á frente dos portões.
- É.. É você! Disse sem pensar. Corei.
- Era aquela Senhora, mãe dele. Eu me lembro perfeitamente dela, ela foi muito ruim conosco. Pensei em total silêncio de cabisbaixo.
- Oh, é você... Me desculpa, você vem sempre aqui não é? Disse a Senhora já de aparência bem acabada, triste e solitária. Pensei em dizer boas verdades, mas se passou já 4 anos. Nem eu, nem ela esperavam se encontrar novamente neste mesmo lugar.
- Realmente é uma surpresa para mim te ver. Dona Eliza... A mulher me interrompeu com lagrimas inesperadas.
- Desculpas, eu não imaginava que você seria hoje ainda tão fiel a ele.
Não pude fazer nada, apenas a vi chorar. Aquele dia estava mesmo destinado a ser triste. Me aproximei e fiz algo que não esperava. A abracei com tanta ternura, amor e compaixão. Me afastei e a olhei. Me aproximei dos portões, os abri delicadamente, ele fazia um rugido alto e tenebroso. Estava todo coberto de mato, flores e arvores. O lugar estava abandonado.
- Venha, entre. Olhei para a mulher que estava paralisada, ela não esperava por aquilo. Ela se aproximou meio desconfiada, mas logo perdeu seu orgulho e adentrou dentro daquele "santuário'.
Aquele lugar nada mais era de uma creche abandonada, que por acaso aquele rapaz fez questão de comprar. Ele o batizou de Santuário. Acho até que era aqui que ele passava a maior parte do seu tempo. Fui adentrando com a mulher, abri o local onde funcionava a antiga creche, abri janelas para a luz entrar. A Mulher nada fez, apenas olhava ao seu redor, via todo aquela cobertura verde. Abandonado. Me perguntava o que ela pensava sobre aquilo, sobre aqui.
- Hey, Maria. Venha cá um momento. Ouvi a voz da Mulher me chamar, segui esta voz saindo e deixando o que estava fazendo de lado. Adentrei entre alguns matos e uma arvore, e vi ela perto de uma grande Chorona, ao lado tinha um banco de mármore branco, hoje em dia já estava escuro e como todo o lugar, coberto por folhas.
Me aproxime sorrindo docilmente, sente-me naquele banco, convidei-a para se sentar junto. Ela não recusou, sentou-se e sorriu gentilmente.
- Maria, era aqui que ele gostava de ficar. Sobre os pés dessa árvore. Oh Maria, sinto falta dele. Se eu tivesse sido mais amorosa, talvez ele não tivesse ido embora. Disse a mulher de cabisbaixo quase que chorando. Eu não sentia mais rancor algum por ela, pois sabia que somente ela poderia intender o que sinto.
-Demorei tanto para tomar coragem e vim aqui, e quando venho te encontro. Acho que isso vem de Kami-sama, é seu desejo...
Sorri olhando para o fundo daquela paisagem. - Tudo bem, também sinto a falta dele.
- Poderia me fazer um favor? "Um favor? pra essa mulher...." - Diga.
- Conte-me como vocês se conheceram Maria. Por favor, deixe uma velha mulher se redimir.
- Bom, claro!
- Bom, era um dia quente, como esse por acaso. Passeava pela rua toda distraída quando ele passou correndo e se esbarrou em mim. Caí de cara no chão, fiquei com raiva claro, então resolvi segui-lo. E vim parar exatamente neste lugar. Adentrei sem permissão, vi esse lugar abandonado, cheio de mato e de bichos, de primeiro momento achei horrível.
Mas, lá no fundo vi ele caminhar calmamente com uma mudinha de flor na mão. Bati os olhos nele, o achei tão bonito. Acho que foi amor á primeira vista. Ele se virou e sorriu, se levantou e veio em minha direção. Não sabia o que fazer, ele limpou as mãos em suas roupas e tentou me cumprimentar de um jeito bem ocidental. Me deu a mão e me fez aperta-los, realmente as mãos dele eram macias.
Logo ele ficou bem envergonhado quando contei que ele me derrubou, ele coçou os lindos cabelos claros e deu de ombros, se virando sorridente. Disse assim... " Posso me desculpar de outro jeito? Não sou bom nisso, posso convida-la para sair?.."
- Ah, quem dera eu soubesse que esse convite mudaria nossas vidas. Disse rindo, e a mulher soltou um sorriso feliz.
- Ele foi mesmo um menino feliz! Continue.
Sorri ainda mais, por algum motivo, lembrar desses momentos, desses verão me fez feliz.
- Dois dias depois já eramos namorados, vinha aqui todo os dias depois da escola ajudar ele nesse tal santuário. Após 1 ano de compromentemento, resolvemos te visitar. Lembra-se? Disse olhando para a mulher.
- Sim me lembro, fui á pior. Verdade essa mulher foi mesmo a pior. Nos expulsou a paulada, me humilhou diante sua família e dele. Me pergunto até se eu queria dinheiro para se separar dele. Aparentemente ele já estava comprometido com uma mulher também rica. Claro, só fui descobrir que ele era rico uma semana antes de tomarmos essa decisão de ir ve-la.
- Claro, após essa situação desagradável,ele ate tentou se separar. Disse que não era bom eu ficar com ele. Ele era mais velho, acabaria que eu me machucaria. De fato eu tinha 16 quando o conheci e ele apenas 20. Não era assim tão velho. Mas, quando ele disse aquilo me senti mal. Contei para o Nii-san e acabou ainda pior.
- Sim, isso me lembro, coitadinho do Kaname, acabou no hospital por isso. Disse a Senhora.
Kaname era nada menos que meu Nii-san, é aquele que só falto me acorda a paulada.
- É, seu filho foi nada gentil em bater tanto nele assim. Bem, admito que ele mereceu ao procurar briga. Mas também nesse dia, ele foi ao hospital quando soube que aquele brigão era meu Nii-san. Se ele não tivesse ido, será que ele tinha descoberto a doença. Na verdade, eu acho que era destino ele estar lá.
Lembro bem que ele começou a passar mal do nada. - " Do nada, só eu achei isso, ele já estava doente a muito tempo " Pensei enquanto conversava com a mulher.
- No dia seguinte foi quando te encontrei novamente, você, quero dizer, a Senhora estava com uma expressão de preocupação. Mas não desceu do salto nem lá.
Yukito foi diagnosticado com Câncer. Foi um choque ate para o Kaname-san que está estava com alta do hospital.
" Maria, não me abandone" - Me lembro muito do que ele me disse, ele chorou e pediu perdão, disse que não queria descobrir que estava doente, mesmo ele sabendo que estava. Passou 1 mês, ele já estava na quimioterapia. Nunca sai de seu lado, ele havia me feito uma promessa. Terminei a fala, sem consegui continuar, minhas lagrimas intrometidas escorriam de meu rosto.
Aquilo era dolorido, lembrar daquilo. Meu ultimo beijo que tive com ele, foi tão intenso, tão especial, eu deveria ter percebido que aquilo era sua despedida.
- Ele disse.. " vou estar vivo até sua formatura. Eu prometo, estarei lá."
Segurei o folego e continuei a falar. A Senhora pôs as as mãos sobre meu ombro e disse.
- Não precisa mais, eu já sei, ele me conto. Obrigada por estar com ele até o final.
A Senhora foi pela primeira vez verdadeira, foi exatamente o que ele havia me dito que ele era. " Uma mulher bondosa" Ele precisou parti para que vissimos isso.
Ela se levantou e foi em direção a saida. Disse um breve Adeus, agradeceu minha gentileza e partiu. Fiquei ali sentada sozinha, pude me lembrar das coisas sozinha. Esse banco era nosso lugar favorito, foi aqui que ouvi suas promessas.
"Teremos não 1, mas muitos filhos...", " Quero que morar aqui com você...", "Aqui será nossa eterna casa..."
Nosso ultimo beijo aconteceu em um Festival de verão. Por acaso nesse dia começou a chover. Choveu tanto que minha Yukata ficou encharcada e se manchou todinha. Corremos pela chuva, brincamos feito crianças, sorrimos, nunca havia o visto tão feliz nesse dia. Tão disposto, tão armonioso. Eu lembo perfeitamente que ele me puxou pra debaixo de uma árvore dessas. uma Chorona, me beijou fortemente e disse "Te amo Maria, vamos para sempre ficar juntos." Como ele amava brincar na chuva, sempre me arrastava. Depois da escola, sempre num dia chuvoso de verão ele me buscava só para me levar encharcada para casa. Aquele idiota....
2 meses depois ele só passou o tempo internado, cada dia piorava mais. Até que um dia, ele me chamou e disse " Maria, me esqueça. Tudo bem.. não venha mais me ver. Eu não Te amo mais. " Foi besta, como pude acreditar numa mentira daquelas? O pior é que eu acreditei... Depois de uma semana eu já não ia mais visita-lo, meu irmão queria me espancar, e eu espanca-lo. Até q ele falou algo que me fez abrir os olhos.
- Maria-chan, você é burra ou o que? Não lembro de ter uma irmã assim. Ele so disse isso pra não te machucar mais, e você foi a pior em acreditar. Ele agora tem a certeza que você não é a mulher da vida dele, desistiu dele tão fácil.
Aquelas palavras realmente me doeram, por que era verde. Desisti do meu amado quando ele mais precisou. Corri para o hospital onde ele estava internado. Ele havia piorado bastante, fui correndo para sue quarto, mas a jajaraca da sua mã estava lá, por incrível que pareça, ela não me deixou ve-lo. Disse duras palavras, "ele não merece uma pessoa como você...." Fui embora nesse dia de mãos abanando, ela não me deixo ve-lo, lá no fundo via ele deitado, ele parecia realmente mal. Tentei entrar de qualquer maneira até conversei com a mulher. Pedi uma chance, so queria dizer " eu te amo" mais nada. Mesmo assim.. eu ainda fui retirada de la pelos seguranças.
No dia seguinte, eles me ligaram do hospital. Ele havia Falecido. Eu não consegui seurar o telefone nas mãos, caí em lagrimas. Me perguntava sempre a mesma coisa.."Por que kami-sama, por que não me deixo dizer essas ultimas palavras...por que".
Foi duro demais, que eu não queria mais sair do quarto, não queria mais viver. Não queria mais estar lá.. queria apenas ve-lo uma ultima vez.
Meu nii-san me forçou a sair do quarto, do mesmo jeito sádico de sempre, me forço a usar uma roupa preta e me levou ao seu enterro. Algo bem impressionante, ele era bem ocidental mesmo. Vi tantas pessoas lá, tanta gente que não conhecia, me senti uma pessoa sem rumo. Levei alguns empurrões de Kaname-nii-san para que eu fosse acompanhar.
Surpreendentemente não fui reprimida pela mãe dele, na verdade ela foi bem compreensiva. No final, na verdade, eu estava indo embora um pouco antes. Não consegui ve-lo no caixão, e não queria ve-lo ser enterrado. A Senhora antes que eu fosse, se aproximou orgulhosamente como sempre, e me entregou um envelope branco, disse poucas palavras e saiu dali.
Dizia: " Para Maria-chan "
" Eu sei que você me ama! Me perdoe por mamãe ser assim. E, eu menti, eu te amo! "
Aquilo me deixo tão feliz, ele se lembrou, ele sabia. Cai em lagrimas que duraram algumas semanas.
No dia de minha formatura, eu já sabia que ele estava lá. Não fisicamente, mas sua alma veio em guarda. Nesse dia por diversas vezes senti assopros em minha nuca. Ah espíritos brincalhões gostam de fazer isso nas pessoas...
Me levantei, segui diante os portões do santuário. Senti um vento frio se aproximar, olhei para o céu e ele estava em tons cinza.
- Ira chover hoje também! Sorri. Obrigada Kami-sama. Hey Yukito, Sinto sua falta.
Disse enquanto sentia aquela sensação na nuca novamente.
- Sayōnara!
Parti para fora dos portões do nosso Santuário. Adiante para um futuro completamente incerto.
Agradecimentos!
* Agradeço as pessoas que lerem. Peço que deixem um comentário! *-*
Sugestões:
- Assistam o anime:
Hotarubi no Mori e. É muito bonito, na verdade é um Filme de pouco mais de 40 min. É meu favorito e dele que tirei a inspiração para este One-shot.
Escutem essas musicas muito bonitas:
AQUI
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Gostei !! veja o meu : Amigas e Inimigas ..Por favor ??