A cortesã

Era noite,tarde, passava da madrugada, e dali ouvia ruídos vindo das janelas dos vizinhos. 
Curioso perguntava a minha mãe de manhã o que eram aqueles ruídos parecidos com risos porém com uma certa sutilidades, minha mãe então me olhara com cara de envergonhada, e logo mudara de assunto. Mais tarde naquele mesmo dia me vi pegado na janela da escola vendo o carro de um de meus vizinhos, perambulando pelas ruas de Versalhes, olhem com mais atenção e vi uma mulher de vestido longo e charmosos com um chapéu de lado aparentando ser uma mulher rica e sofisticada. O carro parava em frente a uma casa de paredes brancas e andares, bem diferente da minha pensava, que era apenas uma grande casa mas de aparência velha, a mulher então descia do carro e como um relâmpago olhava diretamente para a janela onde eu a admirava, ela sorria e voltava dando de ombros para o meu vizinho que relutante tentava pegar na cintura da moça.
No fim do dia fiz questão de sair da escola e passar na frente daquele casarão, a janela estava aberta e lá de baixo dava apara ver um pouco do interior da belíssima casa e de fundo aparecia um homem branco, de cabelos negros e aparentemente nu, deitado sobre uma cama com a moça do lado, não via muito bem mas vi o suficiente para me assustar.  A mulher aparece pela janela, olha apara baixo e me vê lá parado, assustado e sem reação, pensei em fugir, mas não, fiquei ali parado enquanto a mulher me olhara envergonhada, ela virava o rosto por um instante como se falasse com o homem, voltava a me olhar soltava um sorriso tímido e fechava a janela.
Fui embora para casa pensando em quem era aquela mulher que mais cedo estava com seu vizinho e mais tarde com outo homem, essa curiosidade ficava em minha cabeça ao ponto de não me fazer dormir, mesmo com as doçuras que minha mãe me dara antes de ir para a cama. Fui até a janela olhei vistei a rua vazia olhei pela janela d meu vizinho por alguns minutos e nada. Continuei pensando deitado na cama até que enfim peguei no sono.
De manhã acordo com minha mãe esfregando meus cabelos sussurrando bem calmamente meu nome “ Fleur “ dizia ela enquanto me dava um beijo no rosto. Ao caminho da escola passei na calçada da casa da mulher e destraido com meus pensamentos nem a vi sair de casa, esbarrei em seu vestido e tropecei em um degrau e cai de joelhos no chão, a mulher se abaixou como se tivesse com pena, viu meu joelho machucado e pediu a seu mordomo para me pegar no colo, sem exitar aceitei e como um sonho ela me levou para dentro de sua casa. Olhei com atenção, vi de relance os quadros e as mobílias, prestei atenção até mesmo nos detalhes do teto feito com tanto cuidado e perfeição, o mordomo da mulher me colocou em seu sofá, e ela com um algodão e um remédio apareceu, sentou-se ao meu lado e com cuidado pingou o remédio em meu joelho, soltei um leve grito e ela exitou em passar o algodão, a vi e fiquei envergonhado e ela sorrio com minha vergonha e passou o algodão com tanto carinho. Sim, a mão dela era  tão delicada tão quanto o algodão.
Com excitação perguntei o nome dela, a mulher me olhou e sorrio respondeu “Héléne, Prazer.” fiquei encantado com o nome, combinava com a beleza da mulher, então como previsto ela me fez a mesma pergunta e gaguejando respondi “F..F..Fleur”, ela solto um riso baixo e silencioso me olhou nos olhos se abaixo um pouco e tocou meus cabelos e disse “ Flor?! É... um nome incomum para um lindo menino “. Fiquei instantaneamente vermelho com o que ela dizia então respondi como um homem. “ É que mamãe queria uma menina, mas ai nasceu eu. “  Ela riu de novo e disse. “ Sim. Um menino que talvez no futuro eu possa ter a honra de corteja. Assustei com o que ela disse. “Cortejar” mas... que palavra é essa? Oque significa? Fiquei tão confuso me fazendo tantas perguntas em minha cabeça enquanto que a moça ria de minha vergonha como se não fosse nada.
De repente o homem que vi ontem aparece na casa, a mulher se levanta e cumprimenta o homem que a olha com sutiliza e sorri, ele vem na minha direção, faz cafuné na minha cabeça e em seguida vem a mulher explicar o que eu uma criança estava fazendo aqui. Ele sorri me pega no colo, me recuso e me levanto mostrando a mulher que era 'homem' e não criança. Ela sorri e ri em seguida e o homem me acompanha até o carro do mesmo. Ele dirigi até minha casa, ao chegar lá explica a minha mãe o que acontecera, minha mãe preocupada porem aliviada agradece o homem de terno preto e um chapéu grande na cabeça, aparentemente jovem, ele em seguida vem até o carro novamente entra um instante no carro enquanto minha mãe me espera na porta ele me olha e me entrega um relógio de prata que fica em seu bolso, ele sorri e diz calmamente “ Guarde esse relógio como se guardasse sua vida, cuide dele e se torne um grande homem e quem sabe poderá partilhar de minha Cortesã um dia também. “ Ele então me ajuda sair do carro enquanto seguro o relógio nas mãos e sorrio para ele, agradeço como uma criança que acabara de ganhar um presente, ele então se despedi de mim e minha mãe, e parte para a casa da mulher, talvez.
Naquele dia não intendi muito bem o que ele quis dizer, mas de algum modo sabia que veria aquela mulher de novo, e dessa vez, estaria um homem como o que tivera me dado o relógio.

By:M.Cristina. *Inspirado no filme Chéri

Última alteração por cristalltrigger (20-01-2013 22:51:11)