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Fanfiction: Um Conto Sobrenatural
Autora: Vamp
Gênero: Mistério/ suspense
Tags: One-shoot (pra quem não sabe, "one shoot", são fanfictions curtas, de 1 capítulo apenas).
Sinopse: Um grupo de amigos tenta desvendar o mistério em torno de uma escola q dizem ser mal assombrada. Será que é mesmo?
Notas da autora: Elogios sim. Críticas não. Gostou? òtimo! Não gostou? Ninguém é obrigado a ler o q não quer. Comentários do tipo "achei erros" aqui e ali (vá achar erros na sua fanfic).
mordidas da Vamp V-V

::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::CAPÍTULO ÚNICO - OS FANTASMAS E NÓS.:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Lá estava eu mais uma vez na escola Educandário XIII, no melhor momento do dia: a hora do lanche. Acabava de tocar o sinal a menos de um minutos e uma multidão de crianças já havia ido pro pátio formar fila pra entrar na sala. Menos eu. Aquele dia fiquei devorando um delocioso sanduiche de pão com mortadela e comendo batatinha com uma amiga que sempre sentava perto de mim no lanche. Era tão pirada coitada, completamente maluca, com os cabelos bagunçados, clara como a branca de neve e sempre sorrindo à toa. E olha que eu tambem era doidinha, morena clara, de cabelos tipo "bombril" e com dois dentes de cima meio salientes, daí o apelido "vamp", e nem era tanto de sorrir pq era tímida. Nós duas ficamos pro final aquele dia, estávamos fofocando e devorando batatinhas, enquanto ninguém (digo, nenhuma professora chata) lembrava que existíamos. Nisso, foi quando a "moça" da limpeza (que era uma senhora já, de coque e uniforme azulão), passou perto de nós varrendo e cantarolando. Shirley, minha amiga doida, perguntou, pensando que ela não tava ouvindo:
-E aí? É hoje que vamos subir no telhado pra ver o que tem lá?
-Psssiu! Isso é segredo lembra? - eu lembrei baixinho.
-Todo mundo da escola fala que lá em cima tem um mistério. Eu quero ver o que é. Vem comigo ou não, Vamp? - ela falou, sem se incomodar com a senhora, que agora havia parado de varrer e olhava para nós.
-Sozinhas não. Só se o Renato for junto - eu cochichei, lembrando do meu melhor amigo.
-Duvido que aquele medroso vá.
-Ele tem razão em ter medo - disse a senhora, entrando na conversa. -É lá que eles estão.
-E-eles quem? - perguntei.
-Os fantasmas. Essa escola é mal assombrada, não sabiam?
-É o que todo mundo diz. Mas, dizem isso em toda escola, eu acho que não tem nada demais lá. Melhor a gente esquecer isso - mentiu Shirley piscando pra mim. - E melhor ir, antes que a diretora chame. Vem, Vamp!
-É... Claro que minha amiga tava brincando, ninguém aqui é doida de subir no telhado! Só temos 13 anos.
Eu enfiei o último pedaço de pão com mortadela na boca e saí mastigando rumo ao pátio, junto com minha amiga. Mas, algo me fez olhar pra trás... e a moça da limpeza ainda olhava para nós... Ela tinha um olhar preocupado, algo estranho, que me deixou desconfiada. E se ela estivesse dizendo a verdade?
Entramos na sala de aula e avisaram que a professora já vinha (atrasada de novo!), a monitora pediu que ficássemos quietinhos e saiu, deixando a classe sozinha, o que foi mais fácil pra conversar e traçar nosso plano. kkk Bom, era isso o que tornava os dias de aula mais interessantes, os amigos que eu tinha e as nossas aventuras juntos. Num canto da sala, fizemos uma rodinha, eu, Shirley, Renato e João (esse era amigo do Rê, ninguém chamou ele, mas como é xereta, seguiu a gente). Num tom sério falei:
-Então, Renato, aconteceu uma coisa.
-Fora o fato de você quase se afogar no lanche? - ele riu, era cheio de piadinhas.
-Quê?
-Você só trouxe um iogurte e demorou quase uma hora no lanche. O que vocês duas estavam fazendo lá então? - ele franziu as sobrancelhas como um detetive.
-Comendo batatinhas... E combinando de subir no telhado - contei.
-E se a diretora descobre? É suspensão sabia? - ele avisou. Apesar de bem mais alto que eu e forte, ele era do tipo "assustado", e que gostava de ficar longe de problemas.
-Eu posso ir junto? Senão conto pra todo mundo - perguntou João, abrindo um sorriso animado no seu rosto cheio de sardas, tinha cabelos castanhos e, até que era legal, de vez em quando, ele e Renato eram amigos desde o jardim de infância.
-Pode. Vocês sabem o que a moça da limpeza disse? - começou Shirley.
-Célia. O nome dela é Célia - corrigiu Renato.
-Ela disse que tem fantasmas lá em cima. - contou.
-Gente, aquela mulher é louca. Ela devia tá internada, e vocês também! - ele riu de novo. Eu estudo aqui desde bebê e todo mundo diz isso, mas é mentira, só pra assustar os outros. Né, João?
-Se é assim... Por que o cadeado enorme na escada que vai pro telhado? - lembrou João. - Se vocês querem subir lá, só pulando o portão, e tem que ser depois da última aula, quando tudo mundo tiver ido embora.
-É, só quem tem a chave é a diretora.
-Eu não tenho medo de pular portão - disse Shirley que tinha um irmão mais velho e era super levada mesmo.
-Eu quero ser detetive quando crescer, então também vou. E vocês? - perguntei pros meminos, só pra ter certeza.
-Eu vou - garantiu João.
-Vocês são malucos, é? Isso é perigoso! E se alguém cai do portão lá embaixo? Gente, são três andares de escada, é muito alto. E depois, se diretora fica sabendo... - Renato cruzou os braços na dúvida, mas nós estávamos decididos. - Olha, eu vou. Mas, pra ficar vigiando, pra ver se vem alguém enquanto vocês sobem. E tem que ser rápido.
-Claro que tem que ser rápido! Subimos, olhamos e voltamos - garantiu Shirley.
-E se aparecer alguém você grita - sugeri.
-Não, você tosse - falou João. - Se gritar em um minuto a escola inteira vai estar lá.
-Combinado. E ninguém pode saber disso.
Nisso, a professora entrou na classe, todos concordamos e fomos sentar, pensando em como seria nossa aventura no final das aulas. Sabe, eu tinha o meu grupinho, minha "gang", éramos sempre eu, Shirley, Renato e Joãozinho (que era o mais baixo de nós e o mais inteligente de todos), nós fazíamos trabalho de escola juntos, íamos tomar sorvete juntos, brincávamos no pátio juntos desde a primeira série e falamos várias vezes em fazer um clube, só nosso, mas ninguém tinha idéia pra um nome... Enfim, depois da última aula, o João pediu pra apagar a lousa e ficou uma vida inteira lá, o Renato foi pro banheiro dos meninos e eu eu Shirley fomos pro pátio tomar água e depois de um tempo voltamos pra classe. Nosso horário de saída era assim: deu o horário todo mundo ia embora pra casa, então, depois de um tempinho (e com muita moleza, as serventes subiam as escadas pra limparem as classes), ou seja, tinhamos uns minutos sozinhos e estávamos prontos pra descobrir o grande mistério dos "fantasmas". Quando todo mundo se foi, acendi minha lanterna (que eu trouxe de casa especialmente pra isso), e fomos pra frente do portão de ferro preto, com cadeado enorme que dava pro forro do telhado. O João subiu primeiro e pulou pro outro lado, evitando fazer barulho com seu tênis anti-derrapante (ele era riquinho e usava tênis bonito), João esperou pela gente na escada que dava pro telhado. Eu fui a próxima, dei a lanterna pra ele segurar, subi e desci do outro lado devagar, depois foi Shirley, que sorriu de alegria quando encontrou com a gente do outro lado do portão. Renato alertou:
-Shhhhh! Olha o barulho! Vão logo! Antes que a diretora, os bombeiros, a polícia e o papa apareçam!
-Tá - eu concordei e olhei pra cima, vendo o João já sumindo na escada em forma de caracol. Nós seguimos ele e o que vimos foi algo assustador.
Nós três paramos ao mesmo tempo lá em cima, um do lado do outro. Na parede branca a nossa frente estava escrito "púrpura", com letras vermelhas e o que havia lá em cima eram cadeiras de sala de aula quebradas e amontodas, nenhum fantasma. Então, ouvimos o Renato tossir e descemos correndo as escadas.
-O que foi? - perguntou João que era mais rápido e chegou primeiro nele.
-Nada. Achei que já era hora de vocês voltarem... Vamos pra casa, eu quero almoçar.
-Ai, Renato! Só você! - eu resmunguei baixinho, enquanto nós três pulávamos de volta pro lado dele.
-E aí? O que tem lá em cima?
Nós três nos olhamos e Shirley respondeu:
-Foi estranho... Tinha umas letras na parede, parecia...
-Sangue - completou João. -- Como se alguém tivesse escrito com o dedo.
-É sim, também achei isso - concordei.
-Podia ser tinta - disse Shirley.
-Ou, alguém subiu lá e pixou - Renato sacudiu os ombros. - Nada demais.
Foi então, que ouvimos pela primeira vez aquele som, tipo um OOOOOOHHHHHH arrepiante, um som de fantasma. Nós quatro levamos um susto tão grande que descemos correndo as escadas até a porta da escola.
Depois disso, perguntamos pra professora (outro dia) o que era púrpura, ela disse que era uma cor escura, tipo vermelho. Lembro que o João perguntou "como cor de sangue, professora?" e ela respondeu "mais ou menos isso". E nós perguntamos a moça da limpeza (Célia), ela voltou a falar sobre os fantasmas, mas a professora disse que ela era maluca e inventava coisas, pra gente não acreditar nela, nós perguntamos aos nossos pais, e descobrimos que antes de ser escola, naquele mesmo lugar, muitos anos atrás, era um cemitério. Resolvemos então, escolher de vez um nome pro nosso clubinho, e chamamos de "Os caça-fantasmas", depois disso, acho que ficamos com medo porque paramos de investigar sobre fantasmas e começamos e pesquisar sobre outras coisas, como vampiros por exemplo. Coisa que acho legal até hoje! kkkk

Fim.


Notas Finais: Essa fanfic foi baseada em fatos reais. Aconteceu mesmo comigo (exceto a parte do cemitério, mas acho que a escola era mal assombrada sim, aconteciam coisas estranhas lá, como abelhas misteriosas no pátio, o que fica pra outra história). E quem está lendo isso, não pule muros (você pode cair mesmo e se machucar), estude para ser alguém um dia, e evite situações de perigo na vida, porque super herói só existe nas histórias.